PROCESSO DE VOTAÇÃO
O primeiro modelo de urna utilizado em Santa Catarina, a partir de 1945, foi a urna de madeira, feita com a matéria- prima que era abundante no estado naquela época.
A tampa era trancada a chave, lacrada com tiras de papel ou panos fortes e rubricada pelo presidente da mesa. Candidatos, fiscais e delegados podiam "fixar as impressões do polegar da mão direita" (expressão da época) com lacres de cera.
Em meados dos anos 1960, por conta dos impactos logísticos, é substituída pela urna de lona branca – apelidada de "éclair" –, mais leve e prática.
Segundo o Código Eleitoral de 1932, o ato de votar se dava da seguinte forma:
- Começava com cada votante recebendo uma senha numerada e carimbada ou assinada. Ao chegar na mesa, o indivíduo dizia seu nome e mostrava seu título ao presidente da mesa;
- Uma sobrecarta oficial era entregue ao votante, que então era convidado a entrar em um gabinete "indevassável", que significa protegido, privado e seguro;
- Depois de fechar a porta ou cortina, o indivíduo tinha um minuto para colocar a cédula de sua escolha na sobrecarta, dentre todas as cédulas distribuídas pelos próprios candidatos; e
- Ao sair do gabinete, o votante mostrava a sobrecarta fechada aos mesários, que verificavam se era a mesma que haviam entregue.
Após, o votante colocava a sobrecarta na urna. O presidente da mesa escrevia a palavra "votou" ao lado do nome do votante na lista dos eleitores e escrevia a data e assinava o título.