Justiça Eleitoral catarinense realiza a exposição “Cabina do Tempo”

Mostra apresenta a história da urna e do processo de votação

Justiça Eleitoral catarinense realiza a exposição “Cabina do Tempo”

O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), por meio do Centro de Memória Des. Adão Bernardes (CMAB), apresenta “Cabina do Tempo”, uma exposição imersiva que conta a história da urna e a evolução do processo eleitoral. A mostra acontece no hall da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis, até o dia 29 de outubro, e é aberta ao público. A exposição também tem uma versão virtual que pode ser acessada pelo site do TRE-SC.

A servidora  Sandra Buth Zanon, da Assessoria de Gestão da Informação do TRE-SC, conduziu a montagem da exposição e conta que a ideia da “Cabina do Tempo” veio da vontade de mostrar para as pessoas como era a votação com cédula de papel, os modelos de urnas que eram utilizadas e, também, como acontecia o processo de votação e apuração dos votos nas eleições. 

Nós pensamos em trazer uma experiência imersiva para que as pessoas se sintam, realmente, como se estivessem naquele tempo. Queremos que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer a história e criar uma opinião própria sobre essa evolução da votação e o que ela significa para a democracia e para nós, como cidadãos”, disse. Sandra completa contando que as cabines foram ilustradas com fotos antigas e ambientadas com músicas de época, fazendo com que os visitantes se sintam em uma verdadeira viagem no tempo.  


História 

O sistema eleitoral brasileiro teve sua origem na Constituição de 1824, promulgada pelo Imperador Dom Pedro I. Inicialmente, o direito ao voto era restrito a homens com mais de 25 anos e que possuíssem uma renda mínima anual. Com o tempo, o direito de voto foi gradualmente estendido a outros grupos. A Constituição de 1988 trouxe novas mudanças, permitindo o voto para analfabetos e jovens a partir dos 16 anos. 

A Justiça Eleitoral, por sua vez, foi criada pelo presidente Getúlio Vargas em 1932, com o intuito de combater fraudes nas eleições. Naquele ano o voto passou a ser secreto e estendido às mulheres – desde que autorizadas pelos maridos –, e viúvas com renda própria. Homens e mulheres passaram a ser tratados igualmente no processo eleitoral somente em 1965, quando o voto se tornou obrigatório para todos. 

A evolução das urnas 

Assim como o direito ao voto, as urnas também acompanharam a evolução do sistema eleitoral. Em Santa Catarina, a urna de madeira foi a primeira a ser utilizada em 1945, e o material foi escolhido por sua abundância no estado naquela época. Por conta de complicações logísticas, a urna de madeira foi substituída, em 1956, pela urna de lona branca - apelidado de éclair -  por sua praticidade e leveza.

A urna de lona era constituída por dois grandes fechos que, unidos por meio de um arame com selo de chumbo, cobria a abertura para retirada das cédulas. Na fenda de inserção das cédulas, eram colados selos, rubricados pelo Juiz Eleitoral. Posteriormente essa fenda recebia um cadeado para ser aberto na Seção Eleitoral e lacrada com um selo específico. Por conta dos custos de fabricação, na época restritos a São Paulo e Rio de Janeiro, a urna “éclair” foi descontinuada e seu uso foi substituído pela urna de lona marrom, que pouco depois foi adotada como padrão. 

A urna de lona marrom era considerada mais prática no seu uso, transporte e armazenamento. Sua abertura para retirada das cédulas era trancada com chave e, posteriormente, passaram a ser feitas de polipropileno,  material com menor peso e volume. Diferente das urnas anteriores, a urna de lona marrom não foi descontinuada, pois são utilizadas em eventual substituição da urna eletrônica. 


A urna eletrônica

A urna eletrônica foi o equipamento que transformou o processo eleitoral brasileiro, e se tornou parte fundamental de uma engrenagem desenvolvida para atender a realidade das eleições no Brasil. Ela foi introduzida no ano de 1996 nas Capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores. As Eleições Municipais do ano 2000 foram as primeiras a serem 100% informatizadas.

Hoje, o parque de urnas eletrônicas no estado de Santa Catarina conta com 18.599 urnas eletrônicas, sendo 13.826 urnas dos modelos 2020 e 2022 (74,38% do total). 

1/ Galeria de imagens


Por Isadora Alves e Manoela Pinheiro

Assessoria de Comunicação Social do TRE-SC

Missão: Garantir a legitimidade do processo eleitoral e o livre exercício do direito de votar e ser votado, a fim de fortalecer a democracia.

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