A JE Mora ao Lado: “Todo serviço público é importante, porque ele volta para a população”, diz mesário
Aos 26 anos, Lucas Borges se voluntariou para atuar nas Eleições 2022 e destaca a importância do direito ao voto
Lucas Borges, 26 anos, conta que se candidatou para ser mesário após saber da necessidade de pessoal para trabalhar nas Eleições 2022 na cidade onde mora. Natural de Tubarão (SC), ele conta que tem vários colegas que já atuaram em pleitos e que, por ser uma pessoa curiosa, queria saber como funcionava o sistema eleitoral por dentro. “Eu conversei com alguns amigos que foram mesários, e eles me relataram que seria importante participar daquele processo. Ver como ele [sistema de votação] funciona por dentro, participando, atuando, foi muito importante”, relata.
Veja a entrevista no canal do TRE-SC no YouTube.
O mesário diz acreditar que o direito ao voto é o direito mais importante que o cidadão tem, por ser uma ferramenta de escolha populacional que auxilia nas mudanças do país – e que todo cidadão deve exercê-lo. “Eu acho que todo serviço público é importante, porque ele volta para a população. Eu tinha muita curiosidade de participar, de ser mesário, trabalhar na eleição, auxiliar no acontecimento da democracia. E a gente se torna importante, a gente se torna um instrumento da democracia”, destaca.
Jogo de cintura
Lucas, que é servidor público e advogado, conta que é preciso ter jogo de cintura para lidar com as diversas situações que podem ocorrer durante a votação. Ele lembra que, após cinco votos na seção em que atuou, a urna teve um problema e, naquele momento, precisou colocar em prática tudo o que aprendeu durante os treinamentos. “O suporte teve que ir até a nossa seção para substituir a urna. Quando substituiu, tivemos que acompanhar. Foi retirada toda a memória da urna antiga e colocada na nova, e a gente tirou o relatório. Não era mais zerésima, porque já tinha voto. Saíram certinhos os votos que tinham sido computados e continuamos dali”, detalha.
De acordo com Lucas, no geral, a experiência como mesário foi muito tranquila, mas, segundo ele, sempre há um ou outro eleitor que questiona o processo eleitoral. “Mas a gente conseguiu explicar muito bem, todos os eleitores acabaram votando e não teve nenhuma confusão”, completa.
Bagagem
O servidor conta que a bagagem que o levou a ser mesário, além do treinamento fornecido pela Justiça Eleitoral, foi a instrução que possui devido à graduação em Direito. Ele ressalta que a formação o auxiliou no voluntariado, pois, durante a votação, sabia exatamente quais eram os passos e os limites para lidar com o eleitor ao tirar dúvidas e auxiliar na seção. “Respondia com toda a calma e paciência. Mas a alguns a gente acaba respondendo de uma forma mais argumentativa, trazendo o que está previsto na lei, como funciona a legislação, e explica por que aquilo ali é tão seguro e tão transparente”, recorda.
Voluntariado
O mesário afirma que sempre gostou de prestar serviços voluntários. Ele já atuou voluntariamente, por exemplo, como escoteiro e no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente. “Principalmente quando eu tenho curiosidade para aprender alguma coisa, eu acredito que na prática é muito mais fácil. A gente acaba aprendendo a teoria na faculdade ou na escola muitas vezes também, mas a prática faz a gente ter aquela experiência mesmo”, explica, ao ressaltar que pretende atuar nas eleições enquanto for possível.
Série Mesários
Essa história faz parte da série Mesários – A Justiça Eleitoral Mora ao Lado. Os textos estão sendo publicados desde fevereiro de 2022, mês em que a Justiça Eleitoral comemorou 90 anos. A ideia é mostrar que a atuação para garantir o processo democrático por meio das eleições só é possível graças às mesárias e aos mesários que participam ativamente do processo eleitoral em todo o país.
Fonte: TSE